A população idosa se diferencia por possuir uma série de características próprias com relação ao processo saúde-doença. NEsta fase da vida passam a surgir diferentes tipos de doenças, acometendo diversos órgãos e sistemas do corpo e, frequentemente, durando vários anos. Os problemas encontrados com maior frequência são déficits sensoriais, demência, incontinência, instabilidade e quedas, imobilidade, desnutrição, iatrogenia medicamentosa, isolamento social e depressão.
As ações de promoção e manutenção da saúde consistem na aplicação de modalidades de rastreamento e ações terapêuticas com o objetivo de preservar a saúde e a autonomia funcional do idoso. Em função disso, o Médico de Família e Comunidade deve fazer um balanço entre os riscos e os benefícios na investigação de anormalidades, bem como ter em mente que nesse grupo populacional algumas dessas alterações se explicam pela própria fisiologia do envelhecimento.
Pricípios que seguimos no cuidado da pessoa idosa
• A velhice não é uma enfermidade e sim, uma etapa evolutiva da vida.
• A maioria das pessoas com mais de 60 anos estão em boas condições de saúde, mas, ao envelhecer, perdem a capacidade de recuperar-se das doenças de forma rápida ou completa e tornam-se suscetíveis a incapacidades e à necessidade de ajuda para seu cuidado pessoal.
• É possível melhorar a capacidade funcional mediante reabilitação e estímulo ou evitando novos agravos à saúde.
• A promoção da saúde na velhice deve ocorrer no sentido da preservação da saúde mental e física, amparo social e, na mesma medida, para a prevenção de doenças e incapacidades.
• Muitas medidas que afetam a saúde dos idosos transcendem o setor saúde, sendo necessárias ações intersetoriais.