O modo de viver da sociedade moderna tem determinado um padrão alimentar que, aliado ao sedentarismo, em geral não é favorável à saúde da população. Ao observar o cenário epidemiológico do grupo de doenças crônicas não transmissíveis, destaca-se a obesidade por ser simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras doenças deste grupo, como a hipertensão e o diabetes, doenças estas que estão igualmente em elevação no País.
Um dos objetivos do Instituo Melliori de Medicina de Família é a abordagem integral e humanizada ao indivíduo com excesso de peso, com enfoque na promoção da saúde e prevenção de outras doenças crônicas não transmissíveis, a fim de incluir nas rotinas dos nossos serviços a abordagem alimentar e nutricional como uma prática efetiva e cotidiana.
Realizar a aferição da medida da cintura do adulto.
Calcular o IMC do adulto ou avaliar sua bioimpedância a fim de classificar o seu estado nutricional.
Realizar exame clínico, exames laboratoriais, avaliar nível de atividade física e hábitos de saúde
Avaliação do risco cardiovascular, considerando que a pessoa com sobrepeso e obesidade muitas vezes possui comorbidades associadas.
Avaliação de condições endócrinas, pois não é incomum que as pessoas venham à consulta preocupadas com alguma causa de sua obesidade aliada a outra doença. Em geral, as condições endócrinas mais graves são raras, como a obesidade hipotalâmica e a síndrome de Cushing, ou não são associadas com grande excesso de peso, como o hipotireoidismo, e, em geral, são acompanhadas por outros achados clínicos. É importante checar o grau de contribuição que um possível desequilíbrio no perfil hormonal possa estar exercendo no ganho de peso de uma pessoa.
Obesidade e câncer
A obesidade, além de ser um fator de risco para uma série de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, possui evidências convincentes que permitem afirmar que também aumenta o risco para desenvolvimento do câncer. O excesso de peso aumenta o risco de cânceres de esôfago, pâncreas, colorretal, mama, vesícula biliar, endométrio e rins.
Passo 1
Faça, pelo menos, três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
Passo 2
Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais, tubérculos (como as batatas) e raízes (como a mandioca/macaxeira/aipim) nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.
Passo 3
Coma diariamente, pelo menos, três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
Passo 4
Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.
Passo 5
Consuma diariamente uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
Passo 6
Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite ou manteiga. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans.
Passo 7
Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
Passo 8
Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio), como hambúrguer, charque, salsicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.
Passo 9
Beba, pelo menos, dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
Passo 10
Torne sua vida mais saudável. Pratique, pelo menos, 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis.
O acompanhamento do excesso de peso com vistas à manutenção do peso saudável, com base na revisão de práticas de saúde e alimentares, como já foi dito, não é de retorno em curto prazo. Faz-se necessário entender que a perda de peso é gradativa. O corpo necessita de um tempo para que se acostume com sua nova condição, pois perdas grandes e abruptas de peso geralmente não são sustentáveis e contribuem para a ocorrência do “efeito sanfona”.